lunes, 11 de junio de 2018

Neste cantinho pretendo me apresentar.

Já fiz muita coisa... 
Minha primeira relação com o trabalho foi, ainda menino, em um campo de golf, onde comecei como caddie, depois copeiro e, como ápice, starter. Já a partir da adolescência, fui comerciário em armarinhos e lojas de discos e CDs. No início da minha 'adultez', fui cabeleireiro em meu próprio salão... minha primeira profissão real. Tive uma inesquecível fase teatreira onde fui ator, diretor e cenógrafo. Fui também serigrafista e artesão; fazia coisas legais com parafina.
As pessoas diziam que eu fazia bem essas coisas todas, mas, para mim, era tudo muito medíocre.

Na escola, sempre fui um aluno tipo 'cdf' (até que os hormônios adolescentes começaram a virar minha cabeça). Gostava de estudar; adorava fazer pesquisas e buscava caprichar nos trabalhos que tivesse que apresentar. Essa minha dedicação era notada por pais de crianças que tinham dificuldades com os estudos e comecei a 'dar aulas'... e fiz 'milagres'!

Embora fosse uma atividade paralela a todas as outras, dar aulas era o que realmente eu gostava de fazer. Pena não haver-me dedicado a isso naquela época. Para mim, ensinar sempre foi fácil e me sentia gratificado ao ver o sorriso dos pais das crianças que eu tinha ajudado a superar uma fase.

E a vida foi me levando e, em 1996, cheguei à Argentina. Mesmo sem a formação necessária, fiz o que todo brasileiro faz: dei aulas particulares de Português. Sempre me falavam que meu método era atual e concordante com a pedagogia moderna e tal e tal e tal... no entanto, o que eu queria mesmo era pagar meu aluguel e comer. E segui dando minhas aulinhas de Português.

A coisa foi ficando séria quando, em 2010, me matriculei na primeira turma do Profesorado de Grado Universitario en Portugués da Universidad Nacional de Cuyo, em Mendoza, Argentina. Em 2011, fui convidado a dar aulas em um importante instituto local, o que me levou a assumir o cargo de Coordenador da Área de Português. Paralelamente, seguia meus estudos e ensinava em outras instituições de educação, empresas e também a particulares.

Em 2013, também em Mendoza, tive o prazer de participar com artigos e notas da criação de uma versão em português da revista Wine Republic, especializada em turismo. Contribuí nas quatro primeiras edições até voltar ao Rio.

Após três longos anos longe das salas de aula, em 2018, tive o prazer de participar de um projeto na província do Chaco, Argentina. Por razões  de organização (ou falta de), esse projeto não foi adiante, mas deixou em mim a certeza do que quero e sei: continuar minhas buscas, observar, aprender, apurar minhas conclusões e compartilhar... Para isso este espaço.

Ainda não possuo o título formal de professor, mas tenho a honra de ser chamado de "profe" por meus companheiros e professores da faculdade e, o mais importante, pela longa lista de alunos que, por quase 18 anos, me permitiram compartilhar as delícias do meu idioma e da minha cultura. Seria lindo ter o título (me faltaram algumas matérias pedagógicas e as práticas - ainda que pratique há anos). O quarto e último ano da carreira foi atropelado pelas 'coisas da vida' e tive que me contentar, por enquanto com um histórico média 9,5. 

Por outro lado, talvez, não ser 'titulado' me permita duvidar, perguntar, investigar. E é só o que desejo.

O que eu puder reunir de conhecimento vai estar aqui. E se isso ajudar a alguém, me dou por satisfeito.

Nada como o brilho no olhar do aluno no momento das descobertas.

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