viernes, 25 de octubre de 2019

NO PRINCÍPIO ERA O VERBO (JOÃO 1: 1-4)...

(versão em CASTELHANO)
...e então vieram as flexões, regularidade, desinências ... e complicou tudo!

Ficou ainda pior depois daquela confusão em Babel. Se não fosse por aquilo, hoje poderíamos tranquilamente conversar com alguém nascido em Tóquio, Moscou ou até Zanzibar sem precisar dos tradutores (que não existiriam). Nem teríamos que recorrer à mímica que às vezes nos coloca em situações ridículas. Mas, por causa da loucura humana de querer bater à porta do Criador, não nos restou outra coisa a não ser "e s t u d a r".

É ótimo poder falar vários idiomas. Porém, no estudo de qualquer língua estrangeira, a coisa mais chata que temos pela frente é o sistema verbal. Decifrar e conhecer as peculiaridades verbais do idioma que escolhemos aprender pode ser um processo doloroso e tornar-se um bicho de sete cabeças.

Mas é essencial mergulhar com tudo nesse assunto, se não quisermos ser confundidos com os amigos do Tarzan, onde 'Tarzan amar Jane' e 'Chita comer banana'. Sem qualquer preconceito linguístico, até o próprio Tarzan, embora não flexionando, tem um sistema verbal definido; em sua linguagem primitiva, podemos determinar a pessoa, o número, o tempo e o modo expressos implicitamente no contexto e no gestual.

Senão, vejamos. Imagine-se na floresta. Agora você está conversando com Tarzan que, enquanto aponta para uma cabana, diz: "Tarzan fazer casa". É o suficiente para deduzir o tempo passado (Tarzan fez a casa). Em outra cena, Jane aparece e diz "Jane quer casa" (deduzimos presente) e Tarzan repete a mesma frase dita anteriormente: "Tarzan fazer casa", apontando ou tocando Jane; é óbvio que interpretamos o tempo como futuro (Tarzan vai fazer uma casa para Jane).

Seria fácil se quiséssemos aprender 'tarzanés'. Mas não; queremos aprender chinês, inglês, francês, russo, coreano, javanês... e tudo é muito diferente um do outro. As flexões verbais variam muito de um idioma para outro.

O mandarim, por exemplo, a língua mais falada no mundo, não flexiona os verbos; a noção de tempo é percebida através do contexto e da presença de 'palavrinhas mágicas' (pronomes, advérbios de tempo, etc.) que só eles entendem e que indicam se é passado, presente, futuro, quantos são, etc. A forma verbal é sempre apresentada da mesma maneira: Por exemplo: o verbo amar em sua forma escrita adaptada ao sistema ocidental é "ai4". E quando conjugado, fica assim:
"wo3 ai4" / eu amo
"ni3 ai4" / você ama
"ta1 ai4" / Ele ama
“wo3 men5 ai4” / nós amamos
"wi3 men5 ai4" / vocês amam
wo3 men5 ai4” / eles amam
e por aí vai ... (Os números determinam diferentes significados na escrita; não são falados. Mas isso já é outra história e você terá que estudar mandarim).

O inglês, a segunda língua do mundo, flexiona relativamente pouco:
"I love
You love
He/She/it loves
We love
You love
They love"
No passado, todos "loved" e no futuro todos "will love".
Existem verbos irregulares, mas todos estruturados.

Português... Bem, português é outra história.

Na nossa língua, cada pessoa e cada tempo requer uma maneira diferente de escrever o verbo (amo, amando, amarei, amamos, amaram, amarão, etc., etc. e mais et cetera). Flexionamos tudo e mais alguma coisa. E as exceções... Meu Deus, as exceções...

Para dominar bem uma língua estrangeira, sinto muito, você precisa estudar. Ninguém escapa disso. Claro que depende do quanto você quer ou precisa saber. Só não pode deixar de ser prazeroso.

É nessas horas que agradeço àquele pessoal lá de Babel.
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